Necrosectomia da parede pancreática
Remoção de tecido morto do pâncreas.
A necrose pancreática implica que uma porção do pâncreas perca o seu fornecimento sanguíneo. Essa condição é irreversível, mas muitos casos de recuperação de “necroses” culminam num pâncreas normal quando analisado por tomografia computadorizada ou colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE). A técnica da necrosectomia consiste na remoção da necrose e uma vez concluída, o cirurgião ainda depende do suporte contínuo da radiologia de intervenção para a troca regular de drenos pancreáticos.
Fonte: L. William Traverso, Richard A. Kozarek, Pancreatic Necrosectomy: Definitions andTechnique, Journal of Gastrointestinal Surgery, Volume 9, Issue 3, 2005,Pages 436-439, ISSN 1091-255X, https://doi.org/10.1016/j.gassur.2004.05.013.(http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1091255X04002045)
Solução proposta para o procedimento:
Reseção de necroses
O EndoRotor permite fazer a reseção endoscópica da mucosa (EMR , Endoscopic mucosal resection) através de uma lâmina rotativa, permitindo ainda e simultaneamente a sucção do tecido para o dispositivo.
A literatura evidencia a reseção incompleta durante as EMR; o design do EndoRotor permite a remoção total de tecido residual incluindo margens laterais ou em procedimentos de adenomas persistentes. A grande vantagem deste instrumento é o facto de não ter limitações em termos de tipos de tecido, pela versatilidade que apresenta e ainda pelo facto de ser um equipamento não térmico e, portanto, mais seguro.
Este aparelho tem sido utilizado globalmente desde 2016, acompanhado por epinefrinas profiláticas para mitigar o risco de hemorragias, sendo que o risco de perfuração se encontra dentro dos reportados em literatura.
Literatura:
Van der Wiel, Sophia; et al. (2018) The EndoRotor, a novel tool for the endoscopic management of pancreatic necrosis. 50: E240–E241